Monday, April 24, 2006


Devolva-me


Setas amarelas...

Dobrando aqui

Seguindo por ali

Virando para dentro

Puxando para o agora

Jogando para fora

A bola da vez

Invertendo a direção

Porque hoje eu abro mão

De seguir nessa amplidão

Sem rumo, na escuridão.

A farejar como um faminto cão

As migalhas dormidas da sua razão

Caçando minha porção amável

Que em vão deixei em você.

É...


Tudo tão razoavelmente bom, que quase bate uma revolta.

Quando se tem casa, direito de algumas escolhas, a algumas palavras bem moderadas... a vontade repentina de abrir mão dessas confortáveis mentiras morre, e não se tem mais nada, só um vazio...momentâneo, ou presente em todos os instantes de nossa existência, mas realmente aflorado nesses momentos de total incômodo, do seu corpo, sua existência com o mundo,uma angustiada busca pelo compatível, por desejos que nem a você são revelados com clareza, mas tão intensamente sentidos que chega até a doer.

Muitas vezes é confortante pensar que é tudo questão de tempo, que você será bem sucedido nas suas escolhas, que ao menos o seu mundo mais restrito será sinceramente receptivo e acolhedor, que algo, alguém, ou uma crença, sejam a perfeita peça que se encaixe a você, que seja compatível, simplesmente confortável e que o peixinho fora d'água, poça ser salvo e que seja aceito num cardume legal...


Talvez seja questão de tempo, enquanto isso vou preenchendo o vazio com músicas, palavras, cores, tudo o que envolve os sentidos. E sem querer ir descobrindo, e fazendo as coisas do jeito que combina comigo e o que também não combina, só de sacanagem!

Para comer

sem se sujar???

Para largar devagar

para retorcer

espremer ,provar

cuspir,vomitar...

absorver, descartar

ação...expansão!

Friday, April 07, 2006

Olá espaço quase não lido por ninguém. Isso é bom...

Isto

Isto é uma fuga do transbordante, não para o lixo, dissipação.
É reciclagem do algo confuso , compactação do aleatório,
Exatas palavras, idéias confusas... momento verdade.
A aspiração da inspiração, síntese. Verdade? Ilusão.
Inquietação desvirtuosa... minha expurgação maravilhosa
A afirmação no nada grandioso, bolha flutuante...
Negação ao todo, perfeito sujo, decomposição do sólido, palpável.
De afável nada tem a leve palavra, tem a tensão necessária
Sinceridade, atenção canalizada ao todo,
Não carrega o peso do mundo nas costas,
Analisa, pondera, e ajuda tudo a manter-se equilibrado
com seu próprio peso...
E quando cansa, sai de fininho, sem que ninguem repare sua ausência,
Até porque nunca reparam sua presença.
Ao sim, ao não, ao talvez e sempre, sempre, sempre...isto.