Wednesday, November 08, 2006

Busca pelo que não tem fim.

A noite que cai, tão mansa e sagaz!
Esta noite que insiste em ser valete de Paus.
Como gostaria que fosse de Copas!
Sou Dama de quê? De ferro, de pedras, de areia
Se me moldam...
Se me atiram...
Se me fundem... Ai! Quente fundida ao fundo....
Na manha seguinte, Ais... dor de espadas rasgantes...
O ouro aqui não está mais. Dote perdido. Dama de vidro.
Espatifo-me ao chão.
Manhã altiva... Gargalha o Rei.
Manhã ordinária, nítido encardido.
Lavarei , zelosa e doce Dama Frívola.
Quase Frígida de viver.
Mas à tarde vou correr
Lançar ao vento resquícios e vícios.
Não há como limpar a torre de marfim
Limparei a mim. Já! Now!
Fujo num burro. Dou carona ao Sete de Copas.
Não sou Dama, e sim ama, aia...
Não sou de alta laia, sou Gaia,
Aia da Gaia, e limpa na lida.
Meu Peão, não procurei, achei no mato do dia.
Peão de Copas, Ouro, Paus, e Espadas.
E em sua vida, Sou.
Rainha de ferro, de pedras, de areia, de amor e de dor.



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